sábado, 21 de julho de 2012

Cresce número de acidentes envolvendo animais na pista


PRF apreende animais na pista (Foto: Reprodução/TV Sergipe)PRF apreende animais na pista
(Foto: Reprodução/TV Sergipe)
A Polícia Rodoviária Federal fez um levantamento que revela os acidentes ocasionados por animais soltos na pista. No primeiro semestre deste ano foram registrados mais de 40 acidentes nas rodovias federais.
Os dados preocupam. Em um total de 917 registrados, 44 foram ocasionados por animais na pista, desses números, 14 acidentes vitimou uma pessoa e deixou 19 feridas. Destaque para o mês de junho, ao todo foram 14 ocorrências. Números que mostram o aumento dos acidentes em relação ano anteriores.
Em 2010 foram registrados 1457 acidentes, 51 provocados por animais nas BRs. Sendo 12 acidentes com vítimas e 35 pessoas ficaram feridas. Já no ano passado foram cerca de 1700 provocados por animais na pista, onde desses números, 16 acidentes com vítimas e 21 pessoas feridas.
Foram recolhidos pela PRF, em 2011, 141 animais na pista. Este ano foram 302, até o momento. A polícia faz o trabalho de recolhimento, mas preciso conscientização dos donos dos animais.
A BR-235, no município de Itabaiana e as rodovias da Grande Aracaju, são os locais mais perigosos, pois 60% dos animais apreendidos nessa região.
FONTE G1.COM.BR
FALA GALEGO!!
"E ainda tem gente que concorda com a pecuária em beira de estrada!!! tem que ser contra além de invadir  a parte do governo,acontece acidentes!!!"

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Alunos da escola que o telhado caiu não sabem onde vão ter aula em São Cristóvão




Juliana e a irmã que estudam na mesma escola não sabem quando voltarão às aulas (Foto: Marina Fontenele/G1 SE)
Parte do telhado da Escola Municipal Felisberto Paes Andrade localizada no Povoado Aldeia em São Cristóvão, Sergipe,desabou no dia 8 de julho e até esta sexta-feira (20) nada foi feito para reverter a situação. Enquanto isso, alunos não sabem quando vão retornar às salas de aula, mas a administração do município garante que período letivo está mantido para a data programada.
“Uma equipe vai começar a trabalhar no reparo do telhado na segunda-feira (23) e as aulas vão reiniciar no dia 6 de agosto. Até então estavam sendo feitos os trabalhos burocráticos para o conserto”, garante a assessoria de comunicação da prefeitura.
A queda de uma pilastra de sustentação causou o desabamento parcial da instituição de ensino que tem mais de 15 anos e nunca passou por reforma. “O telhado caiu por volta das 6h de um domingo, a sorte é que não tinha ninguém na escola. Eu acordei com um barulho muito alto, pensei até que fosse a minha casa caindo”, relata João Araújo Santos Júnior, que mora vizinho a escola.
Segundo a estudante Juliana dos Santos, três salas são ocupadas durante as aulas para cerca de 50 alunos do ensino fundamental que no horário do intervalo ficam na área atingida pelo desabamento. Ela diz que ainda não sabe quando voltará a estudar. “Uma amiga me contou que um ônibus vai levar a gente para assistir aula no Povoado Aninga, até agora não sei como vai ser”, afirma.
Fonte g1.com.br

FALA GALEGO!!
"Quero chamar a atenção do prefeito de São Cristóvão senhor Alex,demorou 15 dias para uma equipe começar ao trabalho?? ta de brincadeira né? além de não ter o acesso pelo menos mensal em todos os colégios do municipio para saber como estão,será que como a vossa excelência que não vai ser candidato, a impressão que dá é que, agora é que vai virar as costas para o povo como fez durante 4 anos!!!"




Sergipe é o 3º estado menos violento do Nordeste em relação a homicídios de jovens



“O Mapa da Violência 2012 – Crianças e Adolescentes do Brasil” publicado nesta quarta-feira, dia 18, faz um relatório minucioso das mortes envolvendo crianças e adolescentes no Brasil. O relatório põe Sergipe como o terceiro Estado menos violento do Nordeste, embora mostre que houve nos últimos dez anos um aumento substancial dos crimes contra as crianças e adolescentes nos nove estados da região, com a diminuição dos índices em estados do Sudeste e Sul do País. Sergipe, mesmo estando entre Bahia e Alagoas, que apresentam um crescimento exponencial das mortes envolvendo o público infanto-juvenil, se coloca entre um dos estados do Norte e Nordeste com menor crescimento.
Segundo o relatório, baseado em dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde (MS), no Nordeste, Sergipe, com uma taxa de 11,2, fica atrás apenas do Maranhão (6,8) e Piauí (3,6) nos casos de mortes de crianças e adolescentes para cada 100 mil habitantes. Estados como a Bahia (23,8), Alagoas (34,8) e Paraíba (21,6) alcançaram o aumento considerável, com taxas percentuais, no caso da Bahia, que chega a 580%.
Segundo o secretário da Segurança Pública de Sergipe, delegado João Eloy, embora tenha sido registrado um aumento nos últimos anos, Sergipe, considerando o cenário Nordestino e brasileiro, ainda está em uma situação analisada por ele como “controlada” e que o Estado tem se esforçado para combater o grande vilão que engrossa estes dados nos estados nordestinos: o tráfico de entorpecentes.
“Diríamos que estamos entre duas áreas de conflito que são Bahia e Alagoas, com índices que realmente chamam a atenção. Estamos entre a Bahia e Alagoas e bem próximo de Pernambuco e Paraíba, que apesar de terem diminuído, ainda estão com taxas ainda bem altas”, frisou Eloy, lembrando que políticas públicas eficazes fizeram com que o Estado de Pernambuco contabilizasse uma redução importante nos últimos anos, embora haja ali taxas de homicídios ainda consideradas altas.
A análise do secretário chama a atenção porque, segundo a SSP, várias dessas mortes mantêm relação intrínseca com o transporte e recepção de drogas do Sudeste – sobretudo o crack oriundo de São Paulo –, para os estados do Nordeste. “O público infanto-juvenil, infelizmente, passou a ter funções cada vez mais fundamentais no comércio e distribuição do crack”. A colocação de Sergipe como terceiro Estado onde menos se registra mortes de crianças e adolescentes.
Ranking
Sergipe registrou um aumento em dez anos de 31,9% nos casos de homicídios envolvendo jovens, mas ele melhorou em três posições no ranking elaborado pelo relatório, caindo 14% na posição para a 17% entre as unidades federativas. Bahia, Alagoas e Paraíba, saíram, respectivamente, de 23º, 10º, 17º, para 3º, 1º e 6º lugares na ordem dos Estados com mais homicídios.
O que também chama a atenção de maneira positiva é a análise feita pelo Mapa relacionada aos casos de homicídios envolvendo menores de 19 anos na última década em relação a capitais. Se levarmos em conta a taxa de homicídios por 100 mil habitantes e a população em cada capital dos Estados nordestinos, Aracaju é a segunda do Nordeste onde menos ocorreu homicídios de jovens em 2010, com uma taxa de 19,2, perdendo apenas para Teresina, capital piauiense, com 10,9%. Maceió (AL) e Salvador (BA) têm uma taxa, respectivamente, de 79,8% e 58%.
As tabelas também mostram que enquanto capitais como Natal, com um aumento de 837,5%, e Salvador, com 669%, Aracaju após dez anos se mantém com os mesmos 34 casos registrados no ano de 2000, apesar da população ter aumentado no período de 460.898 habitantes para 570.937, um aumento populacional de 24%.
Estes números põem a capital sergipana como a sétima menos violenta do País. Além disso, entre as 100 cidades consideradas como mais violentas do Brasil, não aparece nenhuma sergipana. Só Pernambuco e Bahia, juntos, engrossam a lista com 27 municípios em situação considerada crítica.

FONTE Secretaria de Estado da Comunicação Social/Governo de Sergipe

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Armando Batalha em um encontro com os líderes comunitários do Rosa Elze


Na noite de ontem (18) aconteceu um reunião entre os líderes comunitários e candidatos a vereador com o candidato a prefeito Armando Batalha,aonde foram discutidos muitos projetos dele e foram feita várias perguntas o qual mesmo sendo o que seria como disse anteriormente só com os líderes o povo estava lá para dizer que estava com Armando Batalha.

O primeiro a falar foi o candidato a vice Jorgão,e o mesmo disse "Estamos no terceiro pleito que Armando Batalha disputa depois que saiu da prefeitura,e a conversa se repete querendo confundir a cabeça do eleitor,e nós como amigos de Armando temos que dizer que ele é candidato sim." Ele falando issso devido a que os outros candidatos andam espelhando pelo municipio que Armando não será candidato e sim o filho o advogado Armando Júnior.



Logo após do vice,Armando falou do que fez no bairro do Rosa Elze e falou também que foi prefeito e não perfeito,pois como disse o mesmo nem Cristo agradou a todo mundo.Falou também sobre especulações sobre não ter a ficha limpa,"Eu me encontro totalmente enquadrado da lei da ficha limpa,sobre os processos que recebi foram dos agentes de saúde que empreguei várias pessoas na época,e que o hoje essas pessoas fizeram concurso e estão trabalhando hoje,na época não podia fazer o concurso pois foi logo no ínicio do mandato de Fernando Henrique Cardoso e era um convênio que vinha para o municipio e nós não tinhamos a certeza se ia permanecer a vida toda ou se era temporário,por que se acabasse o governo como iria pagar os agentes de saúde? e eles trabalharam não era nenhum agente fantasma".

Foram muitas perguntas para Armando e um delas foi feita pelo o professor de história do colégio globo Carlos Feitosa,"moro a seis meses mas frequento o bairro a seis anos,desde a epoca que entrei na Universidade,e de lá pra cá tenho notado o quanto a violência e uso de drogas tem aumentado constantemente e o senhor Armando como candidato aponta para melhorar essa situação?"

Armando respondeu "Todo mundo sabe que a segurança é questão do governo do estado,mas há três meses estive em Brasília e fui ao Ministério da justiça,o ministério está disponibilizando para cidades apartir de 50 mil habitantes que é o nosso caso para que o municipio tenha sua guarda municipal armada,ou seja,para fazer um auxilio junto com a policia militar e a civil,pelo numero de habitantes teremos em torno de 100 homens na guarda,e 6 viaturas para poder dar tranquilidade ao povo de São Cristóvão."

A reunião foi proveitosa e podemos ouvir as prospostas de Armando Batalha e também com o povo dando ideias ao candidato.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

"E o senhor doutor João não se cansa de apanhar de menino?", provoca Déda

Ressalvando que a Prefeitura de Aracaju não pode servir para políticos fazerem negociatas, o governador Marcelo Déda (PT) assegurou que o candidato do seu bloco, Valadares Filho (PSB), vai encarar o ex-governador João Alves Filho (DEM) nas urnas, e o grupo o vencerá o pleito mais uma vez. "Vamos encarar ele de novo, para derrotá-lo de novo. O mesmo candidato que disse que Déda era um menino, agora, outra vez, diz que Valadares Filho não tem experiência. E o senhor doutor João não se cansa de apanhar de menino?", indagou, lembrando que foi chamado de menino e derrotou o adversário duas vezes.
 
Segundo Déda, a aliança do ex-governador João Alves com o grupo dos Amorim já mostrou, em apenas duas semanas, o seu caráter. "Na primeira semana, familiares do candidato adversário disseram o caráter da aliança que foi celebrada. Não foi Déda, não foi Jackson. Foram pessoas de dentro da casa, que amam, com razão, que se indignaram quando viram o anúncio que foi feito. Surgiu a primeira demonstração do risco que Aracaju está correndo. Ao que nós estamos assistindo é à negociata, onde a campanha é discutida baseada na compra do apoio, na exigência de dinheiro. Quem leu a entrevista no Cinform (de Almeida Lima) sobre os nossos adversários ficou preocupado", disse Déda.

O governador, entretanto, acolheu não poder dizer se a denúncia do deputado federal Almeida Lima (PPS) sobre os R$ 5,4 milhões é ou não verdade. "Mas ele não apenas disse o valor da negociata como mostrou que havia uma avaliação para a campanha que era R$ 5 ou R$ 6 milhões, e depois dobrou para 12 milhões. Aracaju precisa estar atenta a isso, para depois não ser surpreendida com escândalos, que vão mostrar a nossa cidade bonita em tenebrosas transações", preveniu, recorrendo uma frase da música de Chico Buarque, ‘Vai passar'.

De acordo com Déda, a história política de João Alves como prefeito foi em 1974. O governador admitiu, aliás, que o adversário foi um grande prefeito. "Mas com um conceito de desenvolvimento que é muito atrasado. Ele foi prefeito em 74 e muito de vocês não eram nem nascidos. Nos anos 70, teve progresso. O capital aplicado viabilizou a expansão urbana da cidade, mas o progresso com a marca da especulação imobiliária. O progresso desenhado para servir a quem tinha dinheiro. Quando Jackson chegou, em 85, a mesma cidade que tinha avenidas abertas era a cidade que tinha 14 mil crianças fora da escola. A periferia de Aracaju tinha visto escola nova no tempo do (então) prefeito (José) Conrado. Foi Jackson quem saiu construindo escola, creche e posto médico nas periferias", disse

Déda ajuíza que o conceito de desenvolvimento de João Alves foi bom para a década de 70 do século XX. "Estamos sendo chamados, agora, para fazer uma Aracaju melhor do que Jackson fez, melhor do que a que eu fiz, melhor do que Edvaldo Nogueira fez, olhando para o século XXI e para os próximos 20 anos. Os dois últimos bairros criados em Aracaju foram a Coroa do Meio e o 17 de Março. O primeiro construído por João e o outro eu comecei e Edvaldo terminou. Um bairro foi feito para os ricos", disse, referindo-se à Coroa do Meio.

Segundo Déda, a Coroa do Meio era o bairro mais caro no final dos anos 70 e no começo dos anos 80. "João botou para fora os pescadores que moravam ali. Foram jogados para dentro do mangue, para liberar o terreno para especulação imobiliária. A lógica que ele construiu foi destruir o mangue. Fez um crime social de expulsar os pobres e um ambiental de destruir o mangue. Quem veio para consertar os erros de João? Primeiro Valadares, que fez o quebra mar. Se não fosse esse quebra mar, não existiria mais Coroa do Meio", acredita. Déda observou ainda que, quando prefeito, deu moradia decente às mesmas pessoas que João jogou à própria sorte nas palafitas.

Fonte Universo Político.com

terça-feira, 17 de julho de 2012

250 eleitores do povoado Aldeia sem local de votação


Juiz Manoel da Costa Neto (Foto: Portal Infonet)

O juiz do município de São Cristóvão, Manoel da Costa Neto está preocupado com o desabamento do telhado da Escola Municipal Felisberto Paes de Andrade, localizado no povoado Aldeia. Isso porque 250 eleitores votam no estabelecimento que se não for reformado antes das eleições de 7 de outubro, um outro local deve ser providenciado.
“A minha preocupação é de como transportar 250 eleitores do povoado Aldeia para a cidade de São Cristóvão. Estou indo até o povoado nesta terça-feira, 17 com a finalidade de verificar se existe alguma possibilidade de ainda utilizar as salas da escola. Se não tiver condições, iremos verificar se existe algum prédio público ou associação comunitária sem vínculo político, para a instalação das sessões eleitorais”, explica.
Manoel da Costa Neto informou ainda que caso não consiga um local para a votação, irá providenciar uma tenda do Exército. “Acredito que essa será a solução mais plausível, até porque não temos como transportar os 250 eleitores do povoado Aldeia para São Cristóvão, o que se perderia muito tempo por conta das obras na BR-101”, enfatiza.
Fonte Infonet

Déda sobre o grupo Amorim "eles viram que não me dominam porque eu sou filho do povo de Sergipe"


“O projeto de governo dos Amorim é um talão de cheque. A única ideia é comprar”

Ao fazer uso da palavra para uma platéia que lotou o Iate Clube, na noite desta segunda-feira 16, em apoio ao candidato a prefeito de Aracaju, Valadares Filho (PSB), o governador Marcelo Déda (PT) mostrou que estava falando sério, quando disse, há cerca de dois meses, que "o velho Déda" voltaria à cena. Ao bombardear o candidato da oposição, João Alves Filho (DEM), o inconfundível orador Marcelo Déda comentou a aliança João/Amorim tendo como pano de fundo a denúncia feita pelo candidato do PPS, José Almeida Lima, ao Cinform, sobre uma suposta proposta feita pelo empresário Edvan Amorim (PTB), que teria pedido R$ 5,4 milhões em troca do seu apoio. Edvan, aliás, não apenas negou tudo como também está interpelando Almeida para que ele prove a grave acusação. Veja o que disse Déda, levando o público ao delírio:

"Fizemos uma aliança (PT/PSC) queriam se limpar. Se houve erro, erramos. Foram meus aliados. Numa aliança, todo mundo ajuda todo mundo. Agora: na hora que tentaram amarrar este governador, que traíram na Assembleia para me ter dominado, eles viram que não me dominam porque eu sou filho do povo de Sergipe. Na hora que eles quiseram amarrar minhas mãos para tomar conta do Estado, eu botei para fora do meu governo. E o que eles fizeram? Criaram uma terceira via? Apresentaram um projeto novo? A acreditar no que Almeida disse, o projeto de governo dos Amorim é um talão de cheque. O programa de governo do PSC é um talão de cheque. A única ideia é comprar, segundo a entrevista de Almeida Lima", disse o governador.

Déda salientou ainda que o grupo de Amorim voltou à sua origem, ao fazer acordo com o DEM. "Se abraçaram de novo. Por quê? Porque não tem perspectiva de futuro. Ficaram zanzando atrás do pão mais bonito da padaria e acabaram nos braços de João. Brigaram tanto, falaram tanto e estão juntos. E são eles os nossos adversários. Nos temos o dever, a tarefa de derrotá-los para salvar Sergipe da política atrasada de João e da política de interesses dos Amorim, que não sabem o que fazer com o Estado, a não ser se aproveitar dele", disse.

Fonte Universopolitico.com

FALA GALEGO!!

"É governador foi uma sacanagem o que o grupo amorim fizeram com o senhor,mas o povo é inteligente eles podem vim com o carretas de dinheiro,o povo sabe que Sergipe está crescendo!!!"

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Entrevista de Rosane Collor para o Fantástico


Vinte anos depois do impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Melo, a ex-mulher dele decide abrir o jogo sobre esse período conturbado da história do Brasil. Rosane Collor diz que o ex-marido mentiu sobre as relações dele com Paulo Cesar Farias, o PC Farias, figura que comandava um esquema de corrupção dentro do governo. Rosane conta mais: confirma que para se defender de inimigos políticos, o então presidente Collor participava de sessões de magia negra nos porões da Casa da Dinda, a residência oficial do casal em Brasília. A reportagem é de Renata Ceribelli.
Fantástico: Você tem saudade do poder?
Rosane: O poder é efêmero, o poder um dia acaba.
Em 1990, quando Fernando e Rosane Collor de Mello se tornaram o presidente e a primeira-dama mais jovens do Brasil, ele com 40 anos e ela com 26, ninguém poderia imaginar essa cena: a Rosane, que chamava atenção pelas roupas caras e extravagantes, passando sempre a imagem de mulher poderosa, hoje se senta com a Bíblia entre as mãos em cultos evangélicos para pedir ajuda e dar testemunhos como esse:
Rosane: E olha que eu tive muitos momentos em que eu disse: ‘Jesus, me leva, aqui nessa terra eu não quero ficar mais’.
Fernando Collor e Rosane ficaram casados por 22 anos. Há sete anos se separaram. Agora brigam na Justiça em um processo litigioso.
Nesta entrevista, Rosane fala pela primeira vez sobre o que viu e viveu na presidência do ex-marido, hoje senador. São revelações inéditas, que confirmam boa parte do que Pedro Collor, irmão já falecido do ex-presidente, disse há 20 anos, detonando o processo de impeachment, o afastamento de Fernando Collor do poder.

A versão de Rosane estará também num livro que ela escreve com o jornalista Fábio Fabretti.
“Eu me considero um arquivo vivo. E eu digo em todas as entrevistas, e inclusive já disse na Justiça, que se algo acontecer na minha vida, o responsável maior será Fernando Collor de Mello”, diz a ex-primeira-dama.
Rosane conta que chegou a ser ameaçada ao decidir ir à casa de uma pastora chamada Maria Cecília, da Igreja Resgatando Vidas para Deus. Cecília era amiga do casal Collor, e antes de se converter à Igreja, se dedicava ao que Rosane chama de magia negra. Nesse encontro, a pastora distribuiu uma gravação em que revelava trabalhos de magia feitos por encomenda do presidente na Casa da Dinda, a mansão da família Collor em Brasília. Revelações que Rosane confirmará nessa entrevista.
Rosane: Eu recebi um telefonema dizendo que eu não fosse a esse evento porque, se eu fosse, eu iria, mas eu não voltaria. E eu repreendi, disse que não tinha medo.
Fantástico: E você acha que foi ele? Ou foi ele que te ameaçou?
Rosane: Foi ele que ameaçou.
Fantástico: Ele te ligou e pessoalmente te disse isso?
Rosane: Um telefonema anônimo. Eu não sei se era ele que estava no telefone. Eu sei que eram pessoas que falavam dizendo que ele tinha mandado ligar, dizendo que eu não fosse para aquele culto, porque se eu fosse eu não voltaria.
Para entender as acusações de Rosane Collor de Mello contra o ex-marido, é preciso relembrar um dos momentos mais dramáticos da história do país.
O ano é 1989. O Brasil está eufórico por votar para Presidente da República depois de 29 anos sem eleições diretas.
Fernando Collor se lança candidato como o defensor dos humildes, o caçador de marajás, como eram conhecidos os funcionários públicos que recebiam supersalários.
“Vamos fazer do nosso voto a nossa arma, para retirar do Palácio do Planalto os maiores marajás desse país”, disse em discurso na época.
A estratégia funcionou. Collor venceu com 35 milhões de votos. Lula ficou em segundo, com 31 milhões.
O novo presidente assumiu em 15 de março de 1990. Pouco tempo depois da posse, começaram a circular as primeiras denúncias de corrupção envolvendo o nome do tesoureiro da campanha, Paulo César Farias. PC, como ficou conhecido, era acusado de pedir dinheiro a empresários em troca de privilégios no governo.
“Toda e qualquer denúncia tem que ser exemplarmente apurada”, declarou Collor, em 1991.
Em maio de 1992, estoura a bomba: em entrevista à revista Veja, o próprio irmão do presidente, Pedro Collor, afirma que PC Farias era testa-de-ferro de Fernando Collor. O presidente, segundo as declarações do irmão, sabia das atividades criminosas de seu ex-tesoureiro.
Dez meses depois, Pedro vai além. Em entrevista ao Jornal do Brasil, diz que Collor e Rosane faziam o que ele, Pedro, chamou de rituais de magia negra. E na própria Casa da Dinda, que era a mansão da família Collor, em Brasília.
Hoje, Rosane conta detalhes sobre esses rituais. E relata como foi o encontro com Maria Cecília, no dia em que teria sido ameaçada por telefone.
Rosane: Já tem bastante tempo que ela aceitou Jesus, ela hoje é pastora, e ela estava fazendo lançamento de um novo CD, onde ela contava todas as experiências.
Fantástico: Inclusive os rituais de magia negra que aconteciam.
Rosane: Inclusive os rituais de magia negra que eles faziam, mas não com a minha participação, porque algumas coisas eu participei, mas a grande maioria eu não aceitava participar.
Nesse CD a que Rosane se refere, Maria Cecília relata duas fases desse trabalho com Fernando Collor. Uma para ele chegar à Presidência: “Foi um trabalho muito sério. Foi um trabalho muito imundo, podre, nojento, para que se colocasse ali, na Presidência da República, aquele homem para administrar o Brasil”.
Outra, com ele já presidente, nos porões da Casa da Dinda. Nesse trecho, Maria Cecília fala dela mesma como se falasse de outra pessoa: “E ela teve que ir para Brasília, improvisar na Casa da Dinda, lá nos porões da Casa da Dinda, um lugar que fosse para o atendimento do marido e da esposa que estavam na Presidência da República. E ela deu continuidade àquele trabalho por um longo tempo”.
Depois, Cecília confirmaria numa entrevista à revista Época a realização desses rituais.
Fantástico: Nesse livro, você vai contar justamente sobre esses rituais que ele não gostaria que fossem contados.
Rosane: Com certeza.
Fantástico: Que rituais são esses?
Rosane: Trabalhos em cemitérios, trabalhos muito fortes.
Fantástico: E com animais, o que acontecia?
Rosane: Com animais era matança mesmo. Mata galinhas, mata boi, vaca. São animais que são sacrificados.
Uma imagem mostra a proximidade de Maria Cecília com Fernando Collor: em 1991, ela sobe a rampa ao lado do presidente, e trocando sorrisos. A cor branca do terno teria sido uma orientação de Cecília.
Também por orientação dela, segundo Rosane, Collor fazia rituais com a intenção de se proteger de inimigos políticos. Tentando fazer com que fossem atingidos pelo mal que desejassem contra ele.
Rosane: O Fernando fez ritual de ficar isolado, na Casa da Dinda ele ficou. Tem um porão e ele ficou durante três dias isolado mesmo, como se fosse se consagrando.
Fantástico: Com animal morto?
Rosane: Mas não no mesmo local. Dormindo numa esteira, ficando ali vestido com roupa branca.
Fantástico: E ele fazia isso pedindo o quê?
Rosane: Porque ele acreditava que pessoas que desejavam mal pra ele, fazendo isso, o mal que as pessoas mandavam pra ele, voltava.
Fantástico: Durante quanto tempo vocês fizeram esse tipo de ritual?
Rosane: Quando eu conheci o Fernando ele já frequentava esses ambientes. Enquanto a gente esteve casado, ele praticava.
Rosane afirma acreditar que esses rituais deram origem ao que ela chama de “Maldição do Collor”, e que ela e Maria Cecília só escaparam por terem aceitado Jesus.
Rosane: Eu e a Cecília somos duas pessoas que estamos vivas. Eu não acredito em coincidência, eu acredito em ‘jesuscidência’. E somos duas pessoas que estamos vivas por ter aceitado Jesus.
Fantástico: O que você chama de “Maldição do Collor”?
Rosane: De as pessoas que tentaram prejudicá-lo. Vários exemplos morreram de morte estranha. Eu acredito na maldição, de aquilo que quando você deseja o mal para alguém, isso pode acontecer.
Fantástico: Quantas pessoas morreram de maneira estranha?
Rosane: Eu não sei quantas pessoas foram
Fantástico: Quais foram as que você atribui a maldição? A mulher do PC Farias?
Rosane: É que é uma pessoa que não tinha muito carinho pelo Fernando. Ela não gostava do Fernando. Agora jamais vou afirmar que o Fernando fez algum trabalho para que ela fosse morta.
Pedro Collor morreria em 1994, vítima de um câncer no cérebro. Dois anos antes, as denúncias feitas por ele na revista Veja provocaram a criação de uma CPI, e Collor tentou uma cartada: ele pediu o apoio popular.
“Saiam no próximo domingo de casa com alguma peça de roupa com as cores da nossa bandeira! Que exponham nas janelas! Que exponham nas suas janelas toalhas, panos, o que tiver nas cores da nossa bandeira. Porque assim, no próximo domingo, nós estaremos mostrando onde está a verdadeira maioria”, pediu Collor, em 14 de agosto de 1992.
Dois dias depois da conclamação, em vez de usar verde e amarelo, milhares de jovens que ficariam conhecidos como caras-pintadas vão para as ruas vestindo preto. E pedem o afastamento do presidente.
Em junho, Collor tinha feito um pronunciamento em rede nacional negando que mantivesse contato com PC Farias.
“Há cerca de dois anos não encontro o senhor Paulo César Farias, nem falo com ele. Mente quem afirma o contrário”, disse em 20 de junho de 1992.
Hoje, Rosane, pela primeira vez, desmente o ex-marido. E diz que, por isso, Collor tem medo do livro que ela está escrevendo:
Fantástico: Quem você acha que está temendo hoje pelo lançamento do seu livro?
Rosane: Eu prefiro acreditar que tem pessoas que estão receosas.
Fantástico: Quem?
Rosane: O próprio Fernando, né? Porque eu acredito que eu vou contar coisas que ele não gostaria de ser contada.
Fantástico: Por exemplo?
Rosane: Vou dar um exemplo forte. O PC continuava, ele tomava café da manhã na Casa da Dinda. E ele disse que não, e acontecia. Uma vez por semana, ele tomava café na Casa da Dinda com Fernando, presidente da República. Agora, depois que começaram a sair as notícias ruins, aí ele nunca mais foi tomar café na nossa casa. Até porque o PC era tesoureiro do Fernando na época da campanha. Ele é quem fez toda a arrecadação, isso todo mundo sabe.
Fantástico: E depois da campanha, depois de eleito, qual era a relação de Fernando Collor de Mello com PC Farias?
Rosane: De amizade, eles eram amigos.
Fantástico: Mas no governo?
Rosane: Eu acredito que ele tinha influência. Eu acredito não, eu tenho certeza absoluta que o PC teve influência no governo. Tanto que ele tinha irmão que foi ser da Saúde.
Fantástico: Mas o Fernando Collor der Mello negou essa informação na época, dizendo que ele não tinha contato com o PC Farias. Por que ele negou?
Rosane: Não sei por que ele negou.
Fantástico: Você perguntou pra ele?
Rosane: Perguntei, ele disse que preferia que fosse assim.
Fantástico: Quem tinha mais influência sobre Fernando Collor de Mello. Rosane Collor ou PC Farias?
Rosane: Nossa, eu acredito que o PC Farias.
Rosane lembra que em 1993, quando foi decretada a prisão de PC Farias, a mulher dele, Elma, saiu em defesa do marido: “O Paulo César não agiu sozinho, ele teve alguém que mandou. O chefe maior foi quem mandou ele fazer isso.”, disse na época.
Fantástico: E o chefe era o Fernando Collor?
Rosane: Eu acredito que, quando ela falou nessa entrevista, eu acredito que ela tenha falado do Fernando.
Rosane revela que, quando foi presidente da Legião Brasileira de Assistência (LBA), teve problemas com PC Farias.
Rosane: Uma certa manhã, nós estávamos tomando café da manhã na Casa da Dinda, eu era presidente da LBA de fato, e no café da manhã eu fui conversar com o Fernando e o PC estava lá, e eu disse que eu não gostaria que o PC viesse interferir na LBA.
Fantástico: Que tipo de interferência ele queria fazer?
Rosane: Colocando muitas pessoas pra trabalhar em cargos importantes.
Fantástico: Pessoas dele?
Rosane: Pessoas ligadas a ele. Eu disse que eu não ia permitir.
Fantástico: Isso coincidiu com a primeira crise do casal, no final de 1991?
Rosane: Exatamente. Foi aí a grande crise que nós tivemos no casamento.
Fernando Collor não se preocupou em esconder que durante o período de crise no casamento andava sem a aliança.
Rosane revela agora como o presidente e a primeira-dama mais jovens da história eram assediados nos salões da política.
Fantástico: Vocês eram um casal jovem, bonito. Tinha muito assédio sobre vocês?
Rosane: Com certeza. Eu acredito que de ambas as partes.
Fantástico: Muita mulher dando em cima do Fernando Collor?
Rosane: Muitas mulheres.
Fantástico: Muito homens dando em cima de você também?
Rosane: Com certeza. Isso é natural. Até pelo fato de a primeira-dama ser jovem, até pelo fato do presidente ser jovem, ter 40 anos de idade.
Fantástico: Você, como primeira-dama, foi assediada?
Rosane: É normal. As pessoas olham, se encantam.
Fantástico: Foi cantada?
Rosane: Não sei se cantada, mas palavras mais gentis.
Fantástico: Presentes?
Rosane: É, ganhei. Presente de joias, e eu entregava pra ele. Para saber o que eu fazia.
Fantástico: Homens te mandando joias de presente?
Rosane: É, de presente. Dava presente. Dizia: era presente para a primeira-dama. Normal.
Mais tarde, a própria Rosane foi afastada da presidência da LBA, sob acusações de desvio de verbas.
Rosane: Em relação a isso eu não faço mais nenhum comentário, porque o Supremo Tribunal Federal me deu ganho de causa por unanimidade.
PC Farias foi preso em 1993, e em 1996, quando estava em liberdade condicional, foi encontrado morto em Maceió. A polícia concluiu que PC foi morto pela namorada, que se suicidou em seguida, mas o crime nunca foi completamente desvendado.
Fantástico: Onde você e o Collor estavam quando o PC Farias morreu?
Rosane: Nós estávamos no Taiti.
Fantástico: Como que vocês receberam essa notícia?
Rosane: Ele ficou preocupado. Agradeceu por não estar lá, porque poderia passar na cabeça das pessoas que ele poderia estar envolvido.
Fantástico: Você achou?
Rosane: Não, em nenhum momento. Como acredito que ele não está envolvido na morte do PC.
O momento decisivo da carreira política de Fernando Collor de Mello aconteceu no dia 24 de agosto de 1992. A CPI encarregada de investigar as denúncias contra o presidente concluiu: “Os documentos apresentados hoje pela Comissão Parlamentar de inquérito apontam as ligações do presidente Collor e de sua família com o chamado esquema PC”, noticiou o Jornal Nacional em 24 de agosto de 1992
Os documentos registram uma reforma de US$ 2,5 milhões na Casa da Dinda, a mansão da família Collor, em Brasília; a compra de um carro Fiat Elba; e despesas pessoais, tudo pago por cheques de fantasmas, ou seja, de pessoas fictícias, inventadas, o que caracteriza crime contra a probidade na administração, um crime de responsabilidade, cuja pena é a perda do cargo. A votação do relatório pelo plenário da Câmara aconteceu no dia 29 de setembro de 1992.
Fantástico: O momento do impeachment. O momento da votação. Onde você estava?
Rosane: Nossa, foi muito tenso. Eu ia ficar com ele, eu queria assistir lá na presidência, no Planalto. Mas ele falou que não queria. Que ele queria assistir sozinho. E cada minuto, cada voto que era dado, ele ligava pra mim. Aí no momento que ele viu que não tinha mais jeito, que realmente o impeachment ia acontecer, ele realmente ficou desesperado.
Fantástico: Quando vocês se encontraram depois disso, o que ele te falou?
Rosane: Só nos abraçamos. Quando ele chegou em casa, nos abraçamos, eu tentei acalmá-lo, tranquilizá-lo e dizer: ‘Vai passar, eu estou aqui contigo, eu vou estar sempre do teu lado’.
Em entrevista ao repórter Geneton Moraes Neto, no Fantástico, Fernando Collor admitiu que pensou no pior, no suicídio.
Rosane lembra que nesse momento ficou apavorada.
Rosane: Eu procurei tirar as armas que tinham dentro de casa, eu tirei. Até por precaução, porque num momento de desespero a pessoa pode fazer. Então eu tentei. Durante muito tempo. Eu comecei a ter problema de insônia, porque eu já não conseguia dormir. Eu ficava angustiada, achando que ele era capaz de fazer alguma coisa. Então qualquer movimento dele, nos primeiros dias, se ele levantasse da cama, eu tava com o sono tão leve, era uma coisa impressionante, era tão leve meu sono que ele levantava e eu já acordava. Podia ser o que fosse, eu acho que nem dormia.
Fantástico: Ele ia pro banheiro…
Rosane: Ele ia pro banheiro, eu já acordava e corria atrás dele. Ele dizia: “Calma, Quinha, eu estou no banheiro”. Eu achava que, não sei, que ele pudesse cometer, porque foi tudo muito rápido, foi uma coisa muito rápida…
Fantástico: Cometer suicídio?
Rosane: Eu achei que ele pudesse cometer.
Aprovado na Câmara, o pedido de impeachment seguiu para o Senado já no dia seguinte, sendo também aprovado e dando início ao julgamento de Collor, que deveria estar concluído em até 180 dias. Até lá, Collor ficaria afastado da presidência temporariamente, sendo substituído pelo vice Itamar Franco, o que, seguindo os trâmites oficiais, só aconteceu em 2 de outubro de 1992. Foi o dia em que Collor desceu a rampa do Palácio do Planalto pela última vez.
Rosane: Então, naquele momento, quando ele assinou, ele estava muito triste, ele estava muito abatido, ele estava muito magro. Estava depressivo, já não conseguia se alimentar direito. E naquele momento, quando ele assinou e nós fomos descer a rampa e ele quis baixar a cabeça, eu segurei na mão dele, e disse: ‘Vamos, levanta a cabeça, vamos em frente que a gente vai conseguir’.
Em 29 de dezembro, o Senado se reúne sob o comando do então presidente do Supremo Tribunal Federal, Sidney Sanches, para julgar se Fernando Collor era mesmo culpado pelo crime de responsabilidade, apontado pela Câmara. Se condenado, Collor continuaria afastado, não voltaria à Presidência e ficaria inelegível por oito anos. Para escapar dessa punição e garantir seus direitos políticos, ele tenta uma manobra de última hora: renuncia à Presidência. Mas a tentativa não dá certo. Resultado: Fernando Collor é finalmente condenado.
Na esfera criminal, dois anos depois, Collor enfrentou no STF a acusação de corrupção passiva. Alegou que as despesas apontadas pela Câmara foram pagas com sobras do dinheiro da campanha de 1989 e com um suposto empréstimo feito no Uruguai. Collor alegou também desconhecer que suas contas eram pagas por meio de cheques de fantasmas. Para condená-lo por corrupção passiva, era necessário que a procuradoria provasse que Collor recebeu dinheiro em troca de favores e serviços prestados a corruptores. Mas, no entendimento do STF, a procuradoria não conseguiu nenhum documento que provasse isso de forma inequívoca. Por essa razão, por cinco votos a três, o Supremo absolveu Collor da acusação de corrupção passiva.
Hoje, Rosane faz uma avaliação sobre o passado.
Fantástico: Você tava preparada pra tanto poder?
Rosane: Ah, não, de jeito nenhum, acho que a gente não tava preparado.
Fantástico: Você se deslumbrou?
Rosane: Eu acho que todo mundo se deslumbra. Eu acho que chega o momento que a gente vê. Eu chegava e estava ao lado da princesa Diana. Eu estava jantando com a princesa Diana.
Collor voltou à política em 2002 e perdeu a eleição para o governo de Alagoas. Em 2006, foi eleito senador pelo mesmo estado. A separação de Rosane e Fernando Collor tinha ocorrido um ano antes, em 2005:
Fantástico: Essa casa onde você vive é de quem?
Rosane: Essa casa, hoje ela está, ele colocou porque ele tem um débito comigo na pensão alimentícia.
Segundo Rosane, a dívida de Collor é de R$ 950 mil. Ela briga na Justiça para ter acesso a parte dos bens que o ex-marido acumulou na vida pública. Os dois eram casados em regime de separação de bens. Quando casou, Rosane tinha 19 anos.
Fantástico: Vocês se casaram em que regime?
Rosane: Antes, em separação de bens total. Eu não sabia, eu achava que tinha sido parcial. Eu achava que aquilo que ele tinha antes era dele. E aquilo que a gente construísse seria nosso. Mas infelizmente, pela minha imaturidade, eu assinei um documento que eu não sabia o que estava fazendo.
Fantástico: Você pode dizer de quanto é sua pensão hoje?
Rosane: É de R$ 18 mil reais. É a pensão que eu recebo.
Fantástico: E você acha pouco?
Rosane: Pela vida que ele tem, sim. Eu vejo amigas minhas que se separaram. Agora há pouco tempo eu tenho um caso de uma amiga minha que se separou, o marido não é ex-presidente, não é senador da República, e tem uma pensão de quase R$ 40 mil.
Fantástico: E você, o que sente por ele?
Rosane: É aquilo que eu digo: o Fernando foi o grande amor da minha vida, mas também foi minha grande decepção.
Durante duas semanas, nós tentamos ouvir o senador Fernando Collor sobre as declarações da ex-mulher, Rosane. no último contato, o ex-presidente respondeu que não falaria “nem um minuto, nem meio minuto” sobre as revelações da ex-primeira-dama.

Globo/Fantástico


 FALA GALEGO!!!

"Então quer dizer que ela agora é uma santa também?? Brasil é um país sem memória!!"